Cuidador familiar: cuidando de um familiar com demência
- Tatiana Silva
- 1 de dez. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de dez. de 2019
O cuidador familiar é a pessoa da família que se dedica a cuidar do idoso. Geralmente são os filhos e filhas e não possuem, muita das vezes, curso, prática, técnica para exercer tal cuidado.

A recente redefinição de cuidados paliativos da Organização Mundial de Saúde (OMS) incorpora, além da já preconizada busca de qualidade de vida dos familiares do paciente com doença avançada, o suporte a estes familiares no período de enfrentamento da doença e, se necessário, durante a fase de luto.
Hoje, o cuidador familiar é considerado o "paciente invisível", pois exerce exaustivamente a função de cuidar, se dedica, em alguns casos, 24 horas por dia, sete dias na semana, sem direito à férias e a descanso. Dessa forma, ele passa a viver a vida de seu ente querido, esquecendo de si mesmo, o que pode acarretar o seu adoecimento.
Vários são os problemas que requerem um acompanhamento e um cuidado diário, desde para executar as atividades básicas da vida diária, como vestir-se, banhar-se, alimentar-se, até mesmo atividades de locomoção e manutenção da vida, como aspiração traqueal, alimentação enteral etc. No caso da Demência de Alzheimer, ela causa um desgaste emocional muito grande para o familiar, desde as primeiras fases, com problemas de memória, levando à perguntas repetitivas, a fase intermediária com alterações de comportamento, ficando agitado e as vezes agressivo, até a fase final em que torna dependente, necessitando que o cuidador dê banho, troque fralda, auxilie na alimentação etc.
Na demência de Alzheimer, é muito dolorido para o familiar, conviver com seu pai, sua mãe, e saber que ele ou ela n
Um estudo realizado na Alemanha e publicado no BMC Geriatrics, comparou a qualidade de vida de cuidadores familiares de pessoas com e sem demência. Os estudos mostraram que a qualidade de vida de quem cuida de alguém com demência é significativamente pior, quando comparada à daqueles que cuidam de pessoas com outras doenças crônicas. Mostrou também que esses cuidadores estão mais afetados psicologicamente, com maiores índices de depressão.

Sabemos que em algumas situações, a condição de cuidador familiar é imposta, sobrecarregando um ou outro familiar, especialmente àqueles que não trabalham. Cuidar sozinho se torna uma tarefa pesada demais, mesmo havendo amor. O apoio de outras pessoas, de outros familiares, amigos, empresas de Home Care, é fundamental para que o cuidador familiar "principal" respire, possa viver e cuidar da sua saúde física e emocional.
É muito importante que o cuidador familiar entenda o que é a doença, o seu processo evolutivo, os seus sinais e sintomas e compreenda principalmente que o "agressor" é a doença e não o doente, deve ser bem-humorado, elogiar, "entrar" no mundo do doente, ter paciência e muita paciência. Essas são estratégias importantes para enfrentar o problema.
Viver um dia de cada vez, sem se vitimizar, sem se perguntar o "por que" disso, o "por que" daquilo, aceitar o desígnos de Deus e procurar na doença resgatar sentimentos perdidos, relações familiares falidas, reatar laços familiares, e até mesmo nos evoluirmos como pessoas.
Enfim, o cuidador familiar também precisa de cuidados!!!
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